segunda-feira, julho 31, 2006

Expandindo

Mais uma prova inequívoca de que o mercado de capitais doméstico anda em ritmo de expansão.

Segundo informação da Andima, o Sistema Nacional de Debêntures (SND) ultrapassou, nesta segunda-feira, a marca histórica de R$ 100 bilhões em títulos custodiados.

Com a bola toda

Esperto que é, o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, tem conseguido dobrar alguns dos corações mais duros na cúpula do governo federal.

O que aumenta, consideravelmente, suas chances de permanência no governo - não necessariamnete no BC - em uma segunda gestão petista.

Gato por lebre

Os candidatos do PT que não andam bem nas pesquisas para as eleições estaduais arrumaram uma boa maneira de ganhar doações para suas campanhas: promovendo jantares com a participação do presidente Lula.

Metade do dinheiro arrecadado vai para a campanha de reeleição do presidente, metade para a do candidato ao governo estadual.

É o caso do jantar a ser promovido nesta sexta-feira, no Jockey Club de São Paulo, para a campanha de Lul...ops, Aloizio Mercadante.

A R$ 2 mil por cabeça.

sexta-feira, julho 28, 2006

Diário de Guerra


Para quem se interessa pelo tema, segue o link de um ótimo diário escrito por Roberto Fisk, originalmente publicado no The Independent, que traz uma visão crua e fria sobre as agruras da guerra no Líbano.

http://cartamaior.uol.com.br/templates/colunaMostrar.cfm?coluna_id=3261

Devagar se vai longe

É impressionante o número de empresas que abriram, estão abrindo ou abrirão seu capital na Bolsa de Valores neste e nos próximos anos.

Para o diretor de uma associação que representa os acionistas minoritários, esse é um ótimo exemplo do potencial que mudanças da legislação (Lei das S/A. Novo Mercado, etc.) trazem para o desenvolvimento do mercado.

E ainda falta muito para avançar, diz ele.

"Saímos de uma floresta amazônica na proteção ao minoritário e na governança corporativa, e hoje nos encontramos no Pantanal. Mas ainda não chegamos na zona urbana", ilustra.

Tentativa e erro

Acreditem: a recente oferta de compra da Perdigão é nada menos do que a sexta proposta feita pela Sadia para adquirir a sua concorrente.

Desta vez, teve mais publicidade. E mais uma vez, micou.

Para alguns dos principais acionistas da Sadia, no entanto, a idéia de uma mega-empresa do setor com a futura compra da Perdigão ainda não está descartada.

Bom exemplo

Sobre modelos de eficiência na gestão do setor público, vale a pena conferir as reportagens especiais que a equipe do BID realizou sobre o Chile, no seguinte link:

http://www.iadb.org/idbamerica/index.cfm?thisid=419

quinta-feira, julho 27, 2006

E veio a exchange...

O bom momento de liquidez externa não se refletiu em uma nova emissão soberana do Brasil, como esperava parte do mercado, mas sim em uma nova operação de troca dos títulos da dívida externa brasileira (Global com vencimentos em 2020, 2024, 2027 e 2030) pelo Global com vencimento em 2037.

A operação mata dois coelhos com uma única cajadada: retira a liquidez de papéis emitidos com preços e cupons elevados, resultado do momento em que foram ofertados no mercado internacional, e reforça a intenção do Tesouro Nacional de reforçar o Global 2037 como principal referência para a dívida brasileira de longo prazo, função hoje exercida pelo Global com vencimento em 2040 - que, ao contrário do 37, tem uma opção de resgate no meio do caminho.
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Agulha no palheiro

A ata da última reunião do Copom divulgada há pouco acrescentou o termo "maior" à palavra "parcimônia" na implementação da política monetária.

O termo tinha aparecido na ata da reunião de março, mas foi suprimido na ata da última reunião, em abril.

Pode parecer um detalhe pequeno, sem intenção, mas pode ter certeza: não é.

O mercado sabe disso. E muita gente ajustou sua projeção para a decisão de agosto para um corte menor, de 0,25 ponto porcentual.

quarta-feira, julho 26, 2006

E do lado das importações...

Nas próximas semanas, o BC e a Fazenda divulgarão outra mudança de peso na burocracia do comércio exterior brasileiro: novas medidas que caminhem para o fim (parcial, provavelmente) da cobertura cambial nas importações.

As regras para as multas cobradas hoje dos importadores que não cumprem os prazos estabelecidos serão totalmente revistas.

Pacotão

A grande novidade do pacote de medidas cambiais divulgado há pouco pelo ministro Guido Mantega está na desoneração da CPMF para os recursos que puderem ficar sem a cobertura cambial - ou seja, mantidos no exterior - equivalentes a um limite de 30% das exportações.

Segundo Mantega, a Receita conseguiu encontrar maneiras de cobrar essa CPMF no exterior (o que, aliás, adiou o pacote em algumas semanas), mas ele "descobriu" que sem essa isenção as medidas teriam uma eficácia praticamente nula.

A renúncia fiscal resultante, na estimativa do ministro, será de R$ 200 milhões.

No mais, as medidas se resumem ao seguinte:

1) Simplificação nos registros de fechamento de câmbio, o que promete facilitar a vida do exportador, que ainda enfrenta uma burocracia danada nesses contratos e acaba, por conta disso, tendo de contratar consultores, advogados, etc, o que aumenta seus custos de transação, segundo a Fiesp, em até 4%).

2) Regularização do chamado "capital contaminado" pelas empresas estrangeiras no País. Trata-se do dinheiro externo que entrou no Brasil no passado com outras rubricas (empréstimos, por exemplo) que não a de capital estrangeiro, e por isso não podem ser remetidos como lucros ou dividendos ao exterior.

*Apesar do nome "regularização", não se trata de dinheiro irregular.

3) Permissão para que o exportador, caso a parcela de 30% não seja suficiente para cobrir suas obrigações e créditos no exterior, compre e venda a moeda estrangeira numa operação simultânea. Ou seja, sem risco de diferencial de taxas e sem possibilidade de arbitragens.

4) O limite de 30% das exportações - do qual Mantega espera que seja utilizada a metade - poderá ser ampliado ou reduzido após poucos meses de sua implementação. Mantega não afirmou isso, mas deu a impressão de o que definirá mesmo esse ponto será o tamanho da renúncia fiscal com a CPMF.

Em momentos muito críticos para a economia, esse limite de cobertura poderá até eventualmente ser suprimido.

5) Nas zonas francas e de livre comércio no Brasil (leia-se praticamente free-shops), poderão ser utilizados reais nas compras de produtos. Quer dizer que não veremos mais os estrangeiros rasgando seus reais ao deixarem o País ou os levando como souvenir para uma estante empoeirada. E poderemos usar nossos reais para comprar bebidas ao chegarmos da Europa.

Apesar de Mantega insistir no contrário, os efeitos sobre as cotações do dólar deverão ser próximos de zero. Tanto que a moeda, logo após o anúncio das medidas, derreteu.

Detalhe

Os números fiscais do setor público, após o susto no começo do ano, hoje mostram bons resultados.

A pergunta que não quer calar é: dado o aumento dos gastos fixos na máquina pública, o que ocorrerá em um momento de desaceleração interna, quando a arrecadação federal deixará de crescer?

Horizontes

O chefe do Departamento Econômico do Banco Central, Altamir Lopes, deu hoje um recado importante na divulgação das contas do setor público em junho.

Disse que não vê a possibilidade, em qualquer momento do ano, de o superávit primário acumulado em 12 meses ficar abaixo da meta de 4,25% do PIB para o final do ano.

Até junho, esse superávit acumulado, que pegou a gastança no final do ano passado e no começo deste, correspondia a 4,51% do PIB.

segunda-feira, julho 24, 2006

Deslize?

Não pegou muito bem a resposta dada pelo secretário do Tesouro Nacional, Carlos Kawall, ao ser questionado sobre uma possível captação denominada em euros nesse momento.

"Até as eleições, não é o momento de fazer isso", respondeu Kawall, na entrevista divulgada hoje pelo jornal Valor Econômico.

Para alguns gestores, o secretário passou a idéia de alguma preocupação com o período eleitoral. Coisa que, em tese, autoridade econômica de governo nunca deveria demonstrar.

A íntegra da entrevista pode ser acessada no link abaixo:

http://www.valoronline.com.br

Corrigindo...

Uma correção importante em relação ao post enviado no último dia 13 de julho, com o título "Boxe.... com luvas de pelica" (que você pode conferir algumas mensagens abaixo).

Segundo fonte do Tesouro Nacional, a discussão na verdade envolveu uma tentativa de redução nos preços cobrados hoje pela agência classificadora para o serviço de avaliação do rating soberano do Brasil.

No momento em que os técnicos do Tesouro fizeram a proposta, os representantes da Moody´s responderam que só seria possível fazê-lo caso ficassem isentos do Imposto de Renda nesse serviço prestado à União.

A legislação, no entanto, não permite tal isenção.

De toda a discussão, só sobrou a certeza de que as agências embutem o imposto no custo do serviço. Ou seja, o nosso rating é mais caro do que o de vários países.

De olho

Há quem diga que, na estratégia de enxugar a parcela mais curta da dívida externa brasileira, o Tesouro Nacional está de olho no Global 40.

É um papel que vence somente em 2040 mas, como tem uma opção de resgate antecipado (call) em 2015, é precificado no mercado como se fosse um papel curto.

Na visão dessas pessoas, o Global 2034 ou o Global 2037 funcionariam como uma referência melhor para a dívida externa brasileira de longo prazo.

Faz sentido

Em relatório divulgado na semana passada, o Scotland Royal Bank informou aos clientes que "rumores" sobre uma mudança nos depósitos compulsórios dos bancos no Brasil poderia funcionar como um estímulo à atividade.

Por aqui, ninguém, viu ou ouviu nada a respeito.

Mas, segundo fonte graduada do BC, que garante nada ter ouvido sobre o assunto, uma redução dos compulsórios neste momento faria sentido pois:

1) Os níveis são realmente elevadíssimos.

2) Há espaço na política monetária para acomodar essa queda.

3) Há uma pressão dentro do governo, visível, para a redução dos spreads bancários.


O compulsório, em si, não chega a ser tão relevante na formação dos spreads. Mas o montante de recursos que uma redução permite alavancar no crédito não é desprezível. E permite uma boa diluição dos custos administrativos no crédito, esses sim grandes vilões do spread.

sexta-feira, julho 21, 2006

Preparando as cornetas

O presidente Lula confirmou hoje o convite feito ao presidente da Bolívia, Evo Morales, para uma visita oficial ao Brasil a partir do dia 20 de setembro.

Mal soube da notícia, a oposição começou a preparar as cornetas para o evento. Prometem fazer barulho.

Celeuma

Acreditem: está gerando uma confusão danada em Brasília as mudanças relacionadas à cobertura cambial das empresas.

A briga envolve funcionários da Receita Federal, do Ministério do Desenvolvimento e da Fazenda.

Muita gente, que antes apoiava a proposta, agora mostra-se arrependida.

quarta-feira, julho 19, 2006

Mais do que palavras...

Há um detalhe importante no informe semestral entregue hoje ao Congresso norte-americano pelo presidente do Federal Reserve, Ben Bernanke.

Trata-se do aumento das projeções de inflação (núcleo do PCE) para 2006 e 2007, junto com uma mudança quase imperceptível para o PIB. Significa, na opinião de alguns economistas, que o Fed estaria ao mesmo tempo mais tolerante com a inflação e menos disposto a sacrificar a economia.

Uma ótima notícia para os emergentes.

Volta ao ataque

Reparem: o ministro da Fazenda, Guido Mantega, voltou a criticar os altos spreads cobrados pelas instituições financeiras nos empréstimos. E quer que os bancos oficiais reduzam as suas taxas.

De que forma, ninguém ainda sabe ao certo.

terça-feira, julho 18, 2006

Na ponta da língua

Representantes da atual equipe econômica já têm resposta na ponta da língua quando ouvem críticas sobre a confusão do gás natural com o governo boliviano: a decisão de construir o gasoduto e comprar gás do país vizinho foi tomada, inteiramente, na gestão FHC.

Ousada demais

A própria cúpula do BNDES já admite: com o fraco desempenho no primeiro trimestre, a meta de R$ 55 bilhões em desembolsos do banco para o ano de 2006 é praticamente impossível de ser atingida.

Essa fraca demanda guarda relação com câmbio e agricultura, mas também com o desenvolvimento e barateamento do mercado de capitais doméstico, que definitivamente virou fonte de recursos para as empresas.

segunda-feira, julho 17, 2006

Grande porte

A possível compra da Perdigão pela Sadia resultará numa empresa tão forte em nível global que já ganhou um apelido carinhoso dos analistas: "Ambev do Salame".

Bolsos da mesma calça

Dia desses, um dos responsáveis no Tesouro Nacional pelas emissões do Brasil no mercado externo recebeu uma ligação curiosa.

Era uma funcionária da Receita Federal, conhecida em Brasília, perguntando sobre a tributação nas emissões soberanas.

"Olhe, me desculpe, mas a senhora está falando com a Secretaria do Tesouro Nacional", afirmou o funcionário do Tesouro.

"Eu sei e sei também que não tem tributação. Precisamos ver um jeito de tributar esse negócio aí, precisamos dar um jeito", espetou a mulher.

Obviamente, não deu em nada.

PIBB: a volta

Não está descartada uma terceira rodada do PIBB, o programa de venda de ações, ao varejão, de uma carteira administrada pelo BNDES tendo o Ibovespa como meta.

Sem utilização do FGTS.

sexta-feira, julho 14, 2006

Quiçá

O senador Tasso Jereissati vem sugerindo ao candidato Geraldo Alckmin uma postura mais agressiva na discussão sobre o crescimento econômico.

O problema para os tucanos é que o PT tem nas mãos um número inquestionável, não importa os motivos: os anos Lula, em termos de taxa do PIB, foram bem melhores do que os anos FHC.

E vice-versa?

Em conversa reservada, ao ser questionado sobre a manutenção da política econômica em um segundo mandato petista, o presidente do BC, Henrique Meirelles, deu uma resposta enigmática: "Se eu continuar no governo, será um sinal de que nada muda".

Decisão das Urna$

Se engana quem acha que as eleições presidenciais no Brasil não atraem a atenção dos grandes investidores no mercado internacional.

No relatório mensal de mercados emergentes divulgado ontem pelo JP Morgan, por exemplo, a subida recente de Alckmin e a consolidação de Lula nas pesquisas eleitorais é o primeiro tópico destacado na extensa parte do texto que se refere ao País.

Para alguns gestores, em breve o mercado tende a refletir com mais afinco, nos preços, esse cenário eleitoral.

quinta-feira, julho 13, 2006

Boxe.... com luvas de pelica

O Tesouro Nacional e a agência de rating Moody´s estão num embate de ordem operacional/financeira.

O motivo é que o Tesouro, no contrato com a Moody's para o rating soberano da dívida brasileira, paga também o que seria a parcela de impostos devidos à Receita por parte da agência.

Por exemplo, se o valor do contrato é de 100, e o imposto toma 30% disso, o Tesouro paga 130 à agência, que recolhe os 30 ao Fisco e fica com os 100.

As discussões em torno do assunto duram mais de um ano.

Tinha uma pedra no meio do caminho

As novas medidas na área cambial, que o governo prometera seriam divulgadas até meados deste mês, devem demorar um pouco mais.

Nesse momento, o projeto está parado na Receita Federal, de onde só sai, aparentemente, com uma solução para a renúncia fiscal resultante das mudanças. Que muita gente estima será maior do que os US$ 200 milhões relacionados pelo ministro Guido Mantega.

Operação tartaruga

E enquanto isso, em Brasília, a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) vai sendo empurrada com a barriga pelo Congresso Nacional....

terça-feira, julho 11, 2006

A briga vai ser boa

O ninho tucano está otimista.

A pesquisa CNT/Sensus divulgada hoje confirma um dado que a Datafolha já levantara: mesmo virtualmente desconhecido em boa parte do País, Geraldo Alckmin já tem, potencialmente, mais votos do que José Serra obteve no primeiro turno das eleições de 2002.

O grosso dos eleitores de Alckmin vem das regiões Sul/Sudeste do Brasil.

Lula, no entanto, continua melhorando nas pesquisas. E ainda venceria no primeiro turno.

Parâmetro importante

Os diretores do Banco Central, na gestão liderada por Armínio Fraga, trabalhavam no final do governo FHC com a hipótese de uma taxa de juros real de equilíbrio para o Brasil de 7,5%.

Taxa de equilíbrio de longo prazo é aquela que não provoca desequilíbrios inflacionários ou nas contas externas de um país.

Os diretores do BC nunca conseguiram, no entanto, chegar a esse patamar dos 7,5% reais para testá-lo. Atualmente, segundo um desses diretores, não é possível que a taxa seja superior aos 5% em termos reais, após tantos avanços nos fundamentos macroeconômicos.

Pos Factum

A nova Instrução 409, que regula a indústria dos fundos de investimento, só deve ser publicada pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) após o período eleitoral.

Na avaliação da CVM, impor as mudanças depois das eleições evita eventuais doses de estresse ao mercado nesses momentos de maior incerteza, como ocorreu com a "marcação a mercado" defendida pelo Banco Central ainda no primeiro semestre de 2002.

As modificações na regulação da indústria serão importantes.

Quem sabe

O apoio do pragmático PMDB em um segundo governo Lula é hoje o principal alento para quem acredita que reformas importantes na área fiscal podem ser tocadas a partir de 2007.

Especialmente na Previdência.

Seja por uma questão de sobrevivência dos governos estaduais, onde o tema requer urgência, seja pela necessidade de avanços na área antes de 2010.

Afinal, não interessa a ninguém disputar a Presidência no final da década com essa bomba ainda ativada.

quinta-feira, julho 06, 2006

Media Training

Cresce, entre representantes da equipe econômica em Brasília, a percepção de que o ministro da Fazenda, Guido Mantega, é extremamente inábil na sua comunicação com a imprensa.

Na verdade

Ao contrário do que muita gente vem apregoando por aí, as medidas de eliminação da cobertura cambial para parcela das empresas exportadoras - aparentemente as grandes - não "enxugará" em nada o fluxo final de moeda externa para o País.

Ou seja, não terá impacto no sentido de desvalorizar o real.

Na verdade, o menor custo de transação para as empresas (redução que, convenhamos, não chega a ser assim, uma "Brastemp"), em tese, favorecem mais exportações "líquidas" e, portanto, mais dólares e mais pressão de queda da moeda norte-americana no mercado doméstico.

terça-feira, julho 04, 2006

Agora vai?

Depois de muita enrolação, parece que finalmente o governo publicará as novas medidas na área cambial, com o objetivo de facilitar a vida do exportador brasileiro.

Nada muito ousado.

Pelas contas de hoje, as regras saem antes do final do mês.

segunda-feira, julho 03, 2006

Retrovisor

O medo de ruptura na política econômica nas eleições de 2002 resultou em um maior custo de desinflação no Brasil, revela um trabalho publicado recentemente no site do Banco Central pelos economistas Alexandre Tombini e Sérgio Lago Alves.

"A percepção dos agentes de que uma ruptura de política econômica pudesse ocorrer foi capaz, por si mesma, de causar uma mudança no modo pelo qual as firmas e consumidores costumavam agir em suas decisões de apreçamento e consumo", afirmam os autores na exposição do paper.

E completam: "Mantendo as trajetórias ocorridas para a taxa de juros, hiato do produto, taxa nominal de câmbio, inflação dos preços monitorados e choques exógenos, a inflação dos preços livres seria significantemente menor, desde meados de 2002, na ausência de tal quebra estrutural no processo subjacente da inflação."

Para quem se interessar: http://www.bcb.gov.br/pec/wps/ingl/wps109.pdf

Quanto maior o coqueiro...

De todos os comentários - alguns exagerados - sobre a frustrante atuação do Brasil contra a França, na Copa do Mundo, destaco o do sempre perspicaz comentarista Arnarldo Jabor, do Jornal da Globo.

Foi feito apenas um dia antes do jogo, mas se encaixa perfeitamente na presente situação.

O futebol, disse ele, é uma das poucas coisas de que o povo brasileiro pode se orgulhar perante o resto do mundo, sobretudo após meses e meses sendo bombardeado pelos escândalos de corrupção na política e no funcionalismo público, pela escalada brutal da violência urbana e do crime organizado e, ainda, pela falta de perspectivas realmente sólidas sobre o futuro.