segunda-feira, janeiro 30, 2006

Quem foi....

... o engraçadinho da Fazenda ou do Planejamento que comentou com jornalistas que o superávit primário do setor público em 2005 foi de 4,97% do PIB??

O número vazou no começo de janeiro e foi até manchete principal de um importante jornal de economia.

Só que os números divulgados hoje pelo Banco Central trouxeram um superávit diferente: 4,84% do PIB.

Pode parecer pouco, mas é uma baita diferença.

quinta-feira, janeiro 26, 2006

Afif vem aí?!?

A pessoas próximas, o presidente da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), Guilherme Afif Domingos, não esconde que gostaria de sair candidato ao governo de São Paulo pelo PFL.

E acha que Alckmin como candidato do PSDB à Presidência favoreceria essa possibilidade.

Mais verticalização....

Acreditem: a PEC da verticalização cria um nó jurídico daqueles.

Nos próximos dias, o deputado Miro Teixeira (PDT) inicia a corrida judicial contra a medida, apresentando ao STF um mandado de segurança contra a sua tramitação. A OAB também examina na próxima semana a possibilidade de entrar com uma ADIN no Supremo caso a PEC seja promulgada.

É forte a corrente de juristas que acredita que a Emenda não poderá ser aplicada neste ano.

Mas em se tratando de um assunto de tamanho interesse político, o fato é que ninguém sabe bem o que vai acontecer.

PMDB unido!

O mais interessante ontem na votação da PEC sobre a verticalização não foi o resultado em si, mas sim o fato de o PMDB ter votado unido em torno da matéria.

Há muito consultor político com longa experiência em Brasília que não se lembra de ter visto isso alguma vez.

Feito do presidente Lula, que ontem botou as mangas de fora para aprovar o fimd a verticalização. A que custo, ninguém sabe.

quinta-feira, janeiro 19, 2006

Guardia saiu numa boa....

Apesar das rusgas que criou internamente no governo paulista, o ex-secretário da Fazenda de Alckmin, Eduardo Guardia, saiu do cargo numa boa, sem motivações de ordem política ou brigas com outros membros do governo.

Recebeu um convite irrecusável da GP Investimentos. Depois de anos no setor público e seus parcos salários, decidiu que era hora de ganhar um salário melhor.

De qualquer forma, muita gente apludiu sua saída. Inclusive na Secretaria que comandava.

terça-feira, janeiro 17, 2006

Levy x BC: pax, pax, pax

Acreditem: apesar de sair logo logo do governo para ir ocupar um cargo importante no BID, apesar de decididamente não morrer de amores pelo diretor de Política Monetária do Banco Central, Afonso Bevilaqua, e mesmo depois da provocação na imprensa sobre a maior explicitação dos "riscos" econômicos pela autoridade monetária, o secretário do Tesouro, Joaquim Levy, não quer mais arrumar confusão com seus colegas do BC.

Tanto que concedeu uma longa entrevista a um jornal de grande circulação nacional, mas pediu encarecidamente que ela só fosse publicada após a reunião do Copom. Deve sair até o próximo fim de semana.

É dada a largada!

Começou a safra de sinalizações sobre a política econômica dos potenciais candidatos à Presidência em 2006. E começou mal: ontem, o prefeito José Serra fez alguns ataques à política econômica a chegou a falar abertamente em uma "lei de responsabilidade cambial".

Causou confusão. E o próprio prefeito, mais tarde, entrou em contato com alguns jornalistas para esclarecer que tinha usado apenas uma "figura de linguagem" quando se referiu ao tema. A idéia, segundo Serra, é que a responsabilidade cambial seja cumprida por intermédio da condução da política econômica, na qual "a variável-chave é a taxa de juros".

Tá bom.....

Aliás....

Será no mínimo pitoresco observar com atenção essa fase de sinalizações sobre o que será a política econômica do próximo governo.

Afinal, nenhum dos candidatos poderá fazer grandes elogios a uma política considerada extremamente conservadora, cujo resultado em 2005 será um crescimento pífio da economia. Por outro lado, também não podem atacar frontalmente essa mesma política, sob risco de punição via mercado financeiro.

terça-feira, janeiro 10, 2006

Colchão para 2006

A disputa eleitoral de outubro tem tudo para ser a mais tranquila dos últimos tempos.

Mas, por via das dúvidas, o Tesouro Nacional está montando um bom colchão de liquidez para os seus compromissos de dívida, através da emissão líquida de papéis.

Normalmente, o Tesouro tem caixa para honrar de 2 a 3 meses destes compromissos. A idéia é fazer caixa para cobrir de 5 a 6 meses de vencimentos da dívida.

Verticalização será decidida no TSE

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) julgará nas próximas semanas o pedido de Consulta do PSL sobre a verticalização das coligações eleitorais.

O clima em Brasília e a troca das cadeiras no TSE sinaliza que a verticalização deve cair. Mas há quem lembre que alguns dos ministros do tribunal são próximos do PSDB, interessadíssimo na manutenção da regra.

É o caso do ministro Caputo Bastos, advogado de FHC na confusão da reeleição de 1998.

A conferir.

domingo, janeiro 08, 2006

Cristovam vai de PDT

Já está quase nos finalmente a confirmação de Cristovam Buarque, ex-petista e ex-ministro da Educação do governo Lula, como candidato oficial do PDT para a disputa presidencial de 2006.

quinta-feira, janeiro 05, 2006

Cartas no Câmbio

O Banco Central tem diversos instrumentos adicionais para conter o movimento de apreciação cambial, além dos swaps reversos e leilões de compra à vista. Entre eles, destacam-se no rol das apostas os seguintes:

1) Alterações nos limites de posição vendidas dos bancos, hoje liberados em 100% do patrimônio líquido. Como é uma medida contra a convicção liberalizante dos diretores, mais fácil uma mudança nas regras de exposição cambial do sistema financeiro como um todo.

2) Ampliação do prazo do Tesouro para a compra antecipada de dólares destinada ao pagamento de compromissos externos, hoje em 180 dias, para 1 ou 2 anos.

3) Utilização de novos derivativos, por exemplo via Opções de Compra de Dólar, no modelo adotado no México.

4) Anúncio de um prograna formal de recompra da dívida externa, dando maior fôlego para as compras no mercado à vista.

5) Queda mais forte da Selic.

Todos têm vantagens, desvantagens, benefícios e custos. Deve vir alguma coisa por aí: o movimento de exposição estrangeira ao real cresce vertiginosamente neste começo de ano.

quarta-feira, janeiro 04, 2006

Botando a cara para bater

A estratégia do PSDB para a escolha de seu presidenciável é mais ou menos a seguinte:

Geraldo Alckmin está botando a cara para bater e se lançando informalmente como candidato. Das respostas a essa cruzada (sobretudo nas pesquisas qualitativas), dependerá a confirmação ou não de seu nome na disputa.

O governador de São Paulo tem uma vantagem grande sobre Serra na preferência do empresariado e dos banqueiros.

Mas se Alckmin não vingar, os tucanos vão mesmo de Serra, que está indo bem nas pesquisas qualitativas.

A conferir.

Serra na autonomia do BC?

Em conversa com o economista Luiz Gonzaga Beluzzo, o prefeito de São Paulo, José Serra, disse que se disputar a eleição presidencial do próximo ano e for eleito, sepulta o projeto de autonomia do Banco Central. "Não tem essa de BC autônomo e independente. O BC seguirá orientação do presidente da República", disse Serra, conforme relato feito por Beluzzo. (Jander Ramon)

Blog de volta

Após um mês em férias, o blog "Na Mesa" retoma hoje suas atividades. A partir de agora, também publicará as contribuições de outros jornalistas, como a postada acima.

Um 2006 de boas notícias para todos nós!!