Os primeiros sinais emitidos sobre uma segunda gestão Lula, nesse segundo turno, têm sido cada vez mais positivos. Na área fiscal, sobretudo.
Confira, a seguir, algumas das propostas de política fiscal (ainda em discussão interna) apuradas junto à equipe econômica do presidente pela equipe de jornalistas do Grupo Estado em Brasília:
DESPESAS. Freio no crescimento das despesas correntes, que vão crescer em ritmo menor ao do PIB a partir de 2007 ou 2008. Será aplicado um redutor nesses gastos, cujo índice ainda está em discussão. O redutor já foi aplicado aos programas sociais em 2007.
CPMF. A CPMF, cuja cobrança acaba em dezembro de 2007, será tornada permanente. Porém, a alíquota de 0,38% será reduzida gradualmente, até atingir 0,1% em cinco ou seis anos.
DRU. O governo terá mais margem de manobra sobre o Orçamento, com a redução das verbas "carimbadas" para determinados fins. A Desvinculação de Receitas da União (DRU), que acaba em dezembro de 2007, será prorrogada e passará dos atuais 20% das verbas para 30% ou 35%. A desvinculação seria estendida a Estados e municípios.
SAÚDE. A regra para fixar o Orçamento da saúde será modificada. Hoje, as verbas crescem conforme o crescimento do PIB. A idéia é aumentar a verba a cada ano, mas num porcentual menor do que o do crescimento do PIB.
BONDADES. Com o corte nas despesas, será possível reduzir impostos, desonerando bens de capital e eletricidade, por exemplo.
ICMS. O governo quer aprovar a reforma do ICMS que está no Congresso. Quer também chegar a um entendimento com os governadores para pagar os créditos tributários dos exportadores.
SALÁRIOS. Os gastos com folha do governo seriam limitados, com a fixação de uma taxa de crescimento anual máxima. Hoje, não há limites.