Sem drama
A discussão entre Dilma Roussef e Antonio Palocci sobre a meta de superávit primário tem recebido algumas leituras um tanto exageradas, por exemplo o risco de descumprimento da meta fiscal em 2006.
Não é bem assim. Dilma apenas quer que a meta seja cumprida à risca, enquanto Palocci defende que se poupe uma gordura acumulada ao longo de bons meses de arrecadação.
Para 2005, por exemplo, o ministro da Fazenda tinha instruído o Tesouro Nacional a mirar um superávit da ordem de 5% do PIB. Deve ficar abaixo disso, mas não menor do que 4,5% do PIB. A meta para o ano é de 4,25%.
Em outras palavras: não se trata de uma discussão sobre a meta de superávit em si, mas sim sobre o que fazer com a gordura que excedê-la.