quarta-feira, maio 30, 2007

Advices


Ainda sobre o tema postado abaixo, não há como deixar de lembrar de uma célebre frase de mr. John Pierpont Morgan, fundador do banco JP Morgan:



"Ouça muito, fale pouco e não escreva nada"


As coisas mudam

No calor da campanha eleitoral, em outubro de 2002, o então favorito Luiz Inácio Lula da Silva desdenhou de um comentário do então secretário de Comércio americano, Robert Zoellick, sobre a proposta de Alca para a América Latina.

"Eu não posso responder ao sub do sub do sub do secretário americano. Vou discutir a Alca diretamente com o companheiro Bush", espetou o candidato do PT. Erroneamente, pois o cargo de Zoellick tinha status ministerial.

Agora, o "sub do sub do sub" foi indicado para assumir a presidência do Banco Mundial (Bird), principal agente financiador de projetos públicos de longo prazo do mundo.

Moral da estória: sempre tome cuidado com o que fala.

terça-feira, maio 29, 2007

Esquentando os tamborins

A Bolsa no centro das atenções dos investidores e o que parece ser a consolidação do mercado de capitais doméstico esquentou o mercado de trabalho para analistas e consultores financeiros.

Há forte demanda por profissionais, sobretudo na área de pesquisa e análise, e pouca oferta qualificada, dado o pouco interesse pela formação desde a metade dos anos 90 até a metade da atual.

A briga por profissionais anda boa. E os salários, idem.

Exemplo

Há uma boa discussão no mundo sobre o tamanho do chamado "mercado cinza" de produtos de tecnologia, uma espécie de intermediário - em vários tons, obviamente - entre o mercado negro e o mercado oficial.

Um estudo recente da OCDE sobre o assunto na Europa apimentou ainda mais a discussão: o mercado cinza na região, afirma a entidade, não passa da metade do que as empresas de tecnologia alardeiam. A OCDE acusa as empresas de inflarem os números para obter mais contrapartidas oficiais. A indústria reage, dizendo que tais conclusões são equivocadas e estimulam a pirataria.

No Brasil, terra da informalidade, uma experiência recente mostrou que é possível combater esse tipo de prática de maneira bem mais eficiente do que com a repressão.

Trata-se do programa de inclusão digital do governo. Que ao demandar em larga escala computadores com determinado nível de preço, concedendo isenção de PIS/Cofins e alguns outros benefícios, está reduzindo drasticamente a pirataria e o contrabando de desktops no País.

Para se ter uma idéia, a expectativa para 2007 era de que o mercado cinza de computadores representasse até 75% do total. No primeiro trimestre do ano, fechou em apenas 34% do total, segundo números do Planalto.

É uma prova irrefutável de que, tendo a opção barata, o consumidor escolhe o mercado formal, no qual encontra crédito estendido, garantias e assistência técnica. "Mais do que qualquer repressão, isso é fruto simplesmente de um mercado formal sendo melhor do que o paralelo", resume César Alvarez, coordenador do programa de inclusão digital do governo Lula.

Ou, invertendo a ordem dos fatores, a sufocante carga tributária funciona, sim, como um verdadeiro adubo para a pirataria e o contrabando no País.

terça-feira, maio 22, 2007

Decifra-me ou devoro-me

Não importa quem vai assumir o governo dos Estados Unidos: ele se verá obrigado a continuar a tão criticada luta contra o "terror".

Palavras de George W. Bush, em entrevista à Reuters, que você pode conferir no link abaixo:

http://www.reuters.com/article/topNews/idUSN2039858620070522?src=052207_1428_TOPSTORY_war_funding_bill

segunda-feira, maio 21, 2007

Haja lama

O possível envolvimento do ministro Silas Rondeau no esquema de fraudes desmontado pela Polícia Federal não complica somente a posição - e a manutenção - do ministro no governo.

Há em Brasília quem acredite que a lama, crescendo do jeito que está, pode afetar o próprio Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).

A conferir.

sexta-feira, maio 18, 2007

Quadro pitoresco

Do economista Paulo Rabello de Castro.:

"Enquanto Estados Unidos e China tentam se equilibrar como num Cirque du Soleil, nós ficamos aqui embaixo assistindo, torcendo para que não caiam bruscamente em cima da gente"

.

Rabo de foguete?

Com a Bovespa subindo tanto (hoje o Ibovespa bateu 52 mil pontos), crescem no mercado as apostas de que se avizinha um movimento de realização de lucros e consequente correção nos preços.

Afinal, lucro bom é aquele que está no bolso.

De qualquer forma, quem apostou que isso aconteceria há pouco tempo atrás deixou de ganhar dinheiro.

A conferir.

quinta-feira, maio 17, 2007

Louvável!

Não há melhor definição do que o termo acima para qualificar a mais recente operação da Polícia Federal, chamada "Operação Navalha" (de onde é que tiram esses nomes?), que prendeu muito figurão envolvido em esquemas de fraudes nas licitações do setor público.

A impunidade sempre foi o principal motivo para esse tipo de fraude.

E a simples possibilidade de que as falcatruas estejam sendo investigadas é um passo importantíssimo para minguar essa prática, tão generalizada em nosso País.

Ponto para a PF.

quarta-feira, maio 16, 2007

Se nao vende la fora....

O dolar abaixo de R$ 2,oo caiu na boca do povo.

E la vem mais uma rodada da discussao entre a turma do "segura" e a turma do "solta". Agora, no entanto, com publico. O debate pode acirrar.

A pitada adicional de politica parece inevitavel. Vide os comentarios de ontem do presidente Lula ou do ministro da Fazenda.

Pensando melhor, nao. Nao vejam esse ultimo...

quinta-feira, maio 10, 2007

Ovo ou a galinha

"Só vamos pensar em mexer nos compulsórios depois que os bancos privados reduzirem os spreads", condicionou hoje o ministro da Fazenda, Guido Mantega.

Os bancos, por sua vez, afirmam que só com redução dos compulsórios e da cunha fiscal os spreads bancários vão cair de verdade.

A queda da Selic, como se pode notar, teve efeito pífio nesse sentido.

Quem vai queimar a língua? Não se sabe.

O problema é que, nessa briga, quem sai perdendo é o tomador. E a expansão do crédito na economia.

terça-feira, maio 08, 2007

As águas vão rolar

A intenção do governo de promover uma licitação para os serviços de pagamento da folha da Previdência ainda vai dar muito pano pra manga.

Aos olhos do público, bancos e setores do governo estão conversando amigavelmente sobre o assunto. Nos bastidores, no entanto, a briga está das mais feias.

A ponto de a sisuda Febraban emitir nota recentemente alegando, entre outros itens, que "as 25 Instituições que fazem o pagamento dos benefícios realizam um esforço conjunto de dispensar aos aposentados e pensionistas do INSS um tratamento diferenciado, inclusive com a abertura antecipada de suas agências."

Confira post sobre o assunto divulgado aqui anteriormente:

http://apalhano.blogspot.com/2007/01/tesouro-x-febraban-primeiro-round.html

O marketing é tudo

Não foi por coincidência que a Toyota andou saindo com destaque nas principais revistas de economia do País.

Há pouco tempo, a montadora japonesa levou um time de peso da imprensa brasileira para uma visita de uma semana à sua sede, na cidade de Toyota, no Japão.

Fez o mesmo com equipes de jornalistas de outros países.

Também não foi por coincidência que isso ocorreu no momento em que as vendas da empresa passaram as da General Motors, até então a maior montadora global.

quarta-feira, maio 02, 2007

Medindo os efeitos

Há uma relação positiva entre as políticas de transferência de renda e o estado de saúde dos idosos que ganham pouco no Brasil, revela um interessante arigo produzido pelos economistas Marcelo Neri e Wagner Soares, da EPGE da Fundação Getúlio Vargas.

O estudo abrange o período de 1998 a 2003.

Para acessar: http://epge.fgv.br/portal/arquivo/2200.pdf