quinta-feira, março 30, 2006

Bom sinal

O secretário-adjunto do Tesouro, José Antonio Gragnani, vem se empenhando pessoalmente em indicar um sucessor para o seu cargo.

Tem procurado alguns nomes no mercado financeiro, uma tarefa que não tem sido fácil.

quarta-feira, março 29, 2006

Kawall, no Tesouro

Carlos Kawall é hoje o principal nome para assumir a Secretaria do Tesouro.

Tem boa experiência na área de renda fixa, tanto na sua passagem pelo Citigroup como no BNDES, onde reestruturou toda a área de mercado de capitais.

A procura pelo nome de seu adjunto, inclusive no mercado, já começou.

terça-feira, março 28, 2006

BC topou ficar

A diretoria do BC topou ficar na instituição dentro desse novo contexto na equipe econômica, mas com uma condição explícita: liberdade para trabalhar.

Se o novo ministro da Fazenda começar a pressionar a política monetária, haverá debandada.

É uma verdadeira carta na manga da equipe no BC. Afinal, eles sabem do impacto que uma mudança na instituição geraria nos mercados.

Promessa impossível

Muito, mas muito dificilmente o ministro Guido Mantega conseguirá anunciar o nome de sua nova equipe dentro de 24 horas, como prometera.

segunda-feira, março 27, 2006

Vingança é um prato...

De junho de 2004:

"César Giobbi, no Estadão, informou que auxiliares do ministro Guido Mantega, deixaram escapar que ele não suporta mais o ritmo de tartaruga do crescimento econômico. De acordo com a nota da coluna, Mantega repete a três por quatro que, se dependesse dele, a taxa Selic já estaria pela metade. Mantega se queixa que o presidente Lula só ouve Palocci e que as decisões econômicas do país são tomadas por uma única pessoa: o médico-ministro da Fazenda."

"Ancelmo Gois, no Globo revelou que gente próxima do presidente Lula tem apontado Guido Mantega como um dos que anda cheio de ciúmes de Antonio Palocci. O ministro não se conforma de Lula concentrar a economia nas mãos do titular da Fazenda."

Wishfull Thinking

Acreditem, não há base na especulação de que Armínio Fraga vem sendo um importante assessor de Geraldo Alckmin nos assuntos da economia.

Os dois se encontraram raras vezes. E Alckmin ouviu Fraga assim como tem ouvido economistas das mais diferentes linhas de pensamento.

Não quer dizer que Fraga não poderá ter peso importante em um governo tucano, somente que ele não é hoje o "guru econômico" do governador paulista, como querem os corações e mentes do mercado.

quinta-feira, março 23, 2006

Pára-raios

Uma boa ilustração do cientista político Amaury de Souza, da MCM, sobre a idéia de o governo tentar "segurar" o ministro Palocci no cargo, pelo fato de ele servir como um importante anteparo político para o presidente Lula.

"Um pára-raios precisa do fio terra para que a energia dos raios seja dissipada no solo. Caso contrário, essa energia acaba destruindo a casa. No exemplo do ministro, o fio terra é a sua credibilidade. E isso infelizmente ele não tem mais."

A história conta a história

Interessante trecho de uma entrevista de FHC, à editora que publicou seu livro de memórias pessoais:


"Se não houvesse uma relação de confiança entre mim e o Presidente Clinton, por exemplo, teria sido muito mais difícil obter apoio para superar as dificuldades que a crise da Rússia, em 1998, produziram em nossa economia. O FMI queria que nós desvalorizássemos a moeda como pré-condição para fazer-nos um empréstimo. Expliquei ao Presidente Clinton que eu não poderia fazer um “estelionato eleitoral”. Ele compreendeu e sua opinião ajudou a que o empréstimo nos fosse concedido sem aquela cláusula. Infelizmente, no ano seguinte, por erro de operação, não conseguimos manter a política monetária e cambial sob controle e o próprio mercado forçou-nos a uma desvalorização abrupta."

quarta-feira, março 22, 2006

Vai ficar...

Ao contrário do que afirmou antes esse Blog, a decisão do Supremo Tribunal Federal sobre a verticalização deve sair hoje mesmo.

As chances de que a regra seja derrubada para as próximas eleições, como querem os congressistas, é próxima de zero: o placar, às 17h40, estava em 4 x 0 pela manutenção da verticalização partidária na disputa deste ano.

Em outras palavras: a eleição será mais do que nunca polarizada entre o PT e o PSDB.

terça-feira, março 21, 2006

Resumindo...

Não há temor no mercado financeiro sobre o impacto da saída de Antonio Palocci do governo Lula.

Mas há preocupação, sim, com a possibilidade de mais uma gestão do governo Lula sem o ministro no comando da Fazenda.

Fator Previdenciário: gaveta como destino

O projeto que derruba o fator previdenciário, aprovado em caráter terminativo na Comissão de Assuntos Sociais (CAS) do Senado, tem tudo para não avançar.

Segundo políticos bem informados em Brasília, o projeto vai para a gaveta nas próximas semanas.

De qualquer forma, chega a ser preocupante que um fato dessa importância avance na Casa sem que tenha recebido a devida publicidade ou atenção.

Vale lembrar que o projeto, de autoria do senador-publicitário Paulo Paim, derruba o fator previdenciário tanto para o funcionalismo público como para o regime geral da Previdência.

Um risco enorme.

Alguém reparou?

No silêncio do presidente Fernando Henrique Cardoso após a definição do PSDB para as eleições presidenciais de outubro?

Sobre esse tema, FHC está mudo.

Jogo de Xadrez

Surgiu ontem entre assessores do governador Geraldo Alckmin uma nova e estranha preocupação: a possibilidade de que, no caso de ele não emplacar nas pesquisas até junho, data da homologação dos candidatos junto ao TSE, o PSDB vá de José Serra à disputa presidencial.

Por incrível que pareça, é isso mesmo: Serra sai candidato ao governo estadual e fica como uma espécie de "carta na manga" para o caso de Alckmin não decolar na disputa ao Planalto.

Muito estranho, muito estranho.

segunda-feira, março 20, 2006

Efeito contrário

O visível entusiasmo do mercado financeiro com a candidatura Alckmin tem gerado alguma preocupação na cúpula do PSDB.

Há um risco não desprezível, avaliam algumas cabeças dessa cúpula, de que a pecha de "candidato dos banqueiros" seja utilizada contra o tucano. Na campanha do PT à reeleição de Lula, é claro.

Tudo o que o PSDB não quer é polarizar uma disputa entre um representante do povo e outro do poder econômico. Por isso, Alckmin centrará esforços em andanças pelo Nordeste nos próximos meses. E poderá falar um pouco mais grosso nos assuntos da economia.

Serra, mais uma decisão

Ao que tudo indica, a confirmação do nome de José Serra como candidato ao Governo de São Paulo pelo PSDB sai mesmo nos próximos dias.

Serra espera apenas o consenso dentro do partido, o que passa pela desistência de outro candidato: José Aníbal

quinta-feira, março 16, 2006

A pergunta que não foi respondida

Afinal, o ministro Antonio Palocci dirige automóveis ou não???

A agenda de Palocci

Para o ministro da Fazenda, poderemos encerrar 2007 com as seguintes medidas aprovadas:

1) A abertura do mercado de resseguros no País

2) A legislação do Sistema Brasileiro de Defesa da Concorrência

3) O cadastro positivo no sistema financeiro

4) A nova Lei de Normas Contábeis para as empresas


Muita gente acha difícil avançar com tudo isso em ano eleitoral. A conferir.

Piada

Bastou o caseiro que acusa Palocci ter ido depor com uma camisa do Palmeiras, que vários parlamentares já se convenceram: isso é coisa do José Serra!!!


Francenildo, o caseiro

segunda-feira, março 13, 2006

Esperando a vez

Pelas contas do quase ex-presidente do STF, ministro Nelson Jobim, se todo mundo se apressar a regra da verticalização pode ser julgada pelo Supremo na quarta-feira da próxima semana, dia 22 de março.

Definindo a linha?

Foram raras as vezes em que a Casa das Garças, reduto da elite do pensamento econômico brasileiro, esteve tão cheia como na reunião realizada no último dia 17 de fevereiro.

O convidado era o governador Geraldo Alckmin, que apresentou a palestra 'Ética e Eficiência na Administração Pública." O foco: a gestão fiscal no estado de São Paulo.

Na platéia, Pedro Malan, Armínio Fraga, Gustavo Franco, Ilan Goldfajn, Edmar Bacha e Pérsio Arida, entre outros.

Alckmin evitou entrar em temas mais polêmicos. Mesmo assim, os participantes gostaram do que ouviram.

sexta-feira, março 10, 2006

Nada é simplesmente fácil

Se engana quem acha que, com salário mínimo e Bolsa Família na veia da população, o presidente Lula ganha fácil a disputa eleitoral que começa em outubro.

É claro que os instrumentos de aumento de renda fortalecem o presidente, mas o fato é que a campanha não começou para valer.

E, nessa campanha, o que não vai faltar é imagem forte e depoimento constrangedor envolvendo diretamente a figura de Lula.

Edemar continua em casa

A suntuosa mansão de Edemar Cid Ferreira no bairro do Morumbi, em São Paulo, não será mais transformada em museu aberto ao público.

Ontem, o STJ decidiu que Edemar continua na casa.

Na verdade, não ele exatamente, mas sim a sua mulher, Márcia, que mora ali com a família desde 1987 - antes, portanto, da criação do falido Banco Santos.

Minério de ferro: morro acima

Muita gente estranhou o fato de que ainda não saiu o reajuste para os preços do minério de ferro, que no ano passado veio em fevereiro.

Acontece que esse reajuste é retroativo: ou seja, pode acontecer, por exemplo, em junho, que mesmo assim vale para os meses anteriores. Não seria a primeira vez.

Apesar da pressão das siderúrgicas chinesas para que os preços caiam, a expectativa de empresários do setor é de que o reajuste fique entre 15% e 20% para o produto.

Se confirmada, será uma ótima notícia para as mineradoras brasileiras.

Chororô?

Quando um empresário do setor automobilístico se queixar do impacto do câmbio nas suas exportações, desconfie.

Em janeiro, segundo os últimos dados desagregados da Secex, a Ford registrou queda de 14% nas suas vendas externas, quando comparadas a janeiro do ano passado.

Ocorre que, no mesmo período, outras empresas do setor tiveram altas expressivas nas exportações. Por exemplo, a Volkswagen com 128% de alta, a GM, com 48%, e a Scania, com 92%.

quinta-feira, março 09, 2006

Fim de semana tucano

A decisão final sobre a candidatura tucana, Serra ou Alckmin, sai nesse final de semana, após reunião dos principais caciques do partido em São Paulo.

Pela temperatura atual, Alckmin tem maiores chances.

Espetada que fala por si

Do presidente de um dos maiores bancos privados nacionais, presidente de entidade representativa do setor, sobre a possibilidade de José Serra, prefeito de São Paulo, sair candidato pelo PSDB à Presidência: "Ele acabou com o sistema de saúde no País quando era ministro, imagine presidente."

quarta-feira, março 08, 2006

PAF: velho antes da hora?

Se os ventos externos não atrapalharem, o Tesouro Nacional acredita que poderá divulgar já neste primeiro trimestre uma ótima notícia: a composição da dívida pública mobiliária federal interna estará dentro de todos os parâmetros definidos no Plano Anual de Financiamento (PAF) para o ano de 2006, inclusive a participação dos papéis pós-fixados.

Mais: até o primeiro semestre, muitas das referências do PAF, como a participação dos papéis atrelados a preços, devem estar caducas.

terça-feira, março 07, 2006

Queda sim, mas de cima

Os dois últimos dias de correção braba no mercado financeiro não chegaram, nem de longe, a inverter os ganhos obtidos na Bolsa neste começo de ano.

No acumulado até hoje, a alta acumulada do Ibovespa é superior a 11%, em reais. Em dólar, esse ganho bate os 20%.

segunda-feira, março 06, 2006

MP 281: sem retoques

Segundo fonte do Tesouro Nacional, o governo exigirá que se mantenha intacto o texto da MP 281, que recebeu 40 emendas parlamentares no Congresso.

Ou seja, isenção do Imposto de Renda só vale mesmo para os investidores estrangeiros em títulos públicos.

Títulos de renda fixa estaduais, privados ou fundos de private equity, principais alvos dos pedidos de extensão do benefício tributário nas emendas, ficam de fora.

Pelo menos esse é o desejo do governo.... O argumento principal será o de que nos países que isentaram o IR nos papéis da dívida pública, não houve essa extensão.

PSDB: a hora da escolha

Surgiu há pouco, em Brasília, um zum zum zum de que os tucanos vão mesmo de Alckmin como candidato à Presidência.

A conferir.

Verticalização: placar indefinido

Dos onze votos no Supremo Tribunal Federal (STF) que decidirão o futuro da regra de verticalização nas coligações partidárias, apenas três são conhecidos: os dos ministros Gilmar Mendes e Cezar Peluso, favoráveis, e do ministro Marco Aurélio, contrário a ela.

Os três participaram do julgamento do TSE que deu parecer contrário à verticalização.

O presidente do STF, ministro Nelson Jobim, foi o pai da verticalição no TSE em 2002, mas ainda não se manifestou recentemente sobre o tema.

Como o interesse político do assunto é enorme, pouca gente se arrisca a estimar um placar no tribunal.

O corte dos juros de Lula

Bastou um famoso jornalista, conhecido não exatamente pelos seus acertos, noticiar que o presidente Lula determinou corte de 1 ponto nos juros na reunião do Copom, que o mercado se convenceu: o corte será de 0,75 ponto.

Brincadeiras à parte, uma coisa é verdade: faz tempo que o Copom não surpreende.

sexta-feira, março 03, 2006

MP 281: 40 emendas!!!

Mal adentrou no Congresso, a Medida Provisória que isenta do pagamento de IR o capital externo alocado em títulos públicos, a MP 281, recebeu nada menos do que 40 emendas parlamentares com todo o tipo de proposição.

As propostas vão desde acabar com a isenção do IR até ampliá-lo para o investidor doméstico, para os títulos estaduais e municipais, para os papéis de renda fixa do setor privado e até para fundos dedicados a projetos de infra-estrutura.

Alguma alteração deve sair dessa toca.

Argentina: vai estourar?!?

Começam a aparecer, aqui e ali, rumores de que o governo argentino está fazendo controle sobre os preços de alguns produtos específicos na cesta de inflação do país.

Se for verdade, a coisa é seríssima.

Afinal, não faltam alertas de que a inflação no país vizinho é uma espécie de bomba-relógio. Que pode estourar antes das eleições presidenciais do próximo ano.

quinta-feira, março 02, 2006

Coincidência

A última elevação de rating soberano do Brasil, pela Moody´s, aconteceu no dia 12 de outubro de 2005.

Assim como no upgrade da S&P na última terça-feira, a data era um feriado nacional.

Pura coincidência. Pelo menos nas alterações de rating anteriores, das duas agências, nenhuma caiu em data de feriado.