quinta-feira, dezembro 14, 2006

Feliz 2007!


Caros leitores,

Não há melhor notícia, para a economia, do que concluírmos o ano discutindo os "bons problemas": o que fazer para o País crescer mais, quais as reformas necessárias, como destravar o investimento, o que retomar da agenda microeconômica, etc.

Que 2007 traga notícias ainda melhores!


Um bom Natal e um ótimo Ano Novo!!!
*O blog retorna no começo de janeiro.




quarta-feira, dezembro 13, 2006

Saindo?

O ministro do Desenvolvimento, Luiz Fernando Furlan, estava mais emotivo do que o normal hoje, ao término do evento promovido pelo Ministério para fazer um balanço dos últimos quatro anos de governo.

Durante o discurso que fez, Furlan chegou a chorar - lacrimejar, na verdade - três vezes.

Sinal, para quem estava ali presente, de que ele deverá mesmo deixar o governo.

sábado, dezembro 09, 2006

Sugestao de fim de semana

Surpresos com tamanha polêmica envolvendo o filme "Turistas", que mostra um grupo de turistas americanos sofrendo o diabo no Brasil, produtores de Hollywood já começam a pensar no próximo longa de terror a ser filmado por aqui.

Algo relacionado a um grave acidente aéreo, caos nos aeroportos, turistas dormindo sobre malas e autoridades se perdendo em discursos vazios.

Assustador.

sexta-feira, dezembro 08, 2006

Oh, Pirates!




O diretor mundial de Propriedade Intelectual da Microsoft, Keith Beeman, esteve na semana passada no Brasil. E foi conhecer de perto a venda dos produtos piratas nas ruas paulistanas, onde achou os novos Windows Vista e Office 2007, que a Microsoft só lancará oficialmente em janeiro de 2007.


Faça o que eu digo, não o que faço

No almoço de confraternização com a imprensa, para falar sobre o ano de 2006 e as perspectivas para 2007, os representantes da Abinee passaram boa parte do tempo falando sobre o "perigo" da invasão dos produtos chineses, de seus efeitos danosos para a indústria local, da concorrência desleal, etc, etc.

Mas, no fim do evento, o brinde entregue aos convidados gerou controvérsia. Era uma caneta, de design inovador, acompanhada de uma discreta etiqueta MADE IN CHINA.

quinta-feira, dezembro 07, 2006

Pegando pesado

Para quem acha que o governo precisaria intervir mais no câmbio para ajudar os exportadores, aí vai um número: nos últimos 24 meses encerrados em novembro, as intervenções cambiais via Banco Central e Tesouro Nacional, no mercado à vista e nos derivativos, somaram nada menos do que US$ 121,3 bilhões, segundo cálculos do Departamento Econômico do Bradesco.

Sem essa atuação, estaríamos com uma cotação nominal bem mais baixa.

quarta-feira, dezembro 06, 2006

Forno sem pão

Mesmo que o governo aumente a parcela do Projeto Piloto de Investimentos (PPI) para 0,5% do PIB, como vem sendo estudado, dificilmente se encontrariam projetos suficientes - e aptos - de serem incluídos nos seus moldes, afirmou na última segunda-feira o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo.

"Num primeiro momento, dificilmente teríamos projetos para completar esse valor, que equivale a aproximadamente R$ 11 bilhões", disse o ministro em teleconferência promovida pela Tendências Consultoria. "Quando o PPI foi criado, não foi apenas uma idéia para achar um jeitinho de reduzir primário e fazer investimentos. Essa possibilidade existe, claro, mas o mais importante é a coerência dos projetos", enfatizou.

Os projetos do PPI, explicou Bernardo, têm uma característica de gestão completamente diferenciada, seja no critério de seleção, seja no acompanhamento que se faz deles (passo a passo, envolvendo diversas pastas).

"Não estamos pensando em fazer o PPI e nem aumentá-lo para fugir da meta de primário. Para isso, seria melhor logo diminuir o primário, deixaria a coisa mais transparente", desabafou Bernardo, cansado de responder a tantas perguntas sobre se a meta de superávit primário de 4,25% inclui ou não a utilização do PPI (que pode ser descontado da meta).

Bom exemplo

O Tesouro Nacional está patrocinando um estudo na Fundação Getúlio Vargas (FGV) para mostrar a experiência de países que também passaram por ajustes fiscais importantes. E quais foram os resultados obtidos, sobretudo em termos de maior crescimento econômico.

O estudo ainda não está concluído, mas já mostrou resultados importantes. Entre eles, o de mostrar que os ajustes que envolvem a participação ou apoio de parcela expressiva da sociedade - caso da Irlanda - são os mais bem sucedidos.

"No" PowerPoint

O economista Gustavo Franco lançou recentemente o movimento "anti PowerPoint" nas apresentações em seminários e palestras.

Sua alegação é que as tabelas e números apresentados na tela, além de tornarem as apresentações enfadonhas, limitam a capacidade de expressão do orador.

Como substituto do modelo PowerPoint, Propõe algo no estilo "talk show", que segundo ele vem crescendo lá fora.

Desde que começou a campanha, Franco vem ganhando vários adeptos.

Pedra que rola não cria limbo

Se o governo manter a meta de superávit primário em 4,25% do PIB, a economia crescer 3,5% e não houver uma grande turbulência lá fora, os indicadores da área fiscal continuarão em trajetória positiva mesmo sem nenhuma reforma estrutural.

Até aí, nenhuma grande novidade.

Os economistas do Bradesco, no entanto, chegaram recentemente a um dado curioso: mesmo com uma redução na meta do primário, a relação dívida líquida/PIB e a trajetória do déficit nominal continuam positivas, ainda que de maneira mais lenta.

Octavio de Barros, do Bradesco, coloca esse ponto como um dos principais "estímulos à complacência" por parte do governo, nesse ambiente de discussão sobre os gastos públicos.

Mas acredita que os estímulos reformistas são ainda maiores. Tomara.

sexta-feira, dezembro 01, 2006

Pacote: semana decisiva

A próxima semana será decisiva na definição do que pode vir a ser o lado "doloroso" do pacote de estímulo ao crescimento que está sendo gestado pelo governo. Hoje, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou que as medidas serão anunciadas até o próximo dia 15. É na semana que vem, relatou o ministro na última quinta-feira, que a equipe econômica se reunirá com o presidente Lula para discutir dois assuntos sobre os quais, garante, ainda não há uma definição: 1) uma possível mudança nas regras para os reajustes salariais do funcionalismo público e; 2) o que pode ser feito na Previdência.

Nas entrevistas que concedeu, Mantega enfatizou que desautorizava qualquer das versões - que vieram em número grande - divulgadas na imprensa em torno dos dois assuntos. São essas as definições que fecharão o pacote a ser anunciado brevemente pelo governo. Sua credibilidade, afirmam em coro os economistas do mercado, dependerá do que sair dessa cartola.

É possível, com tais informaçoes, traçar um esqueleto do que será afinal o pacote que tem como objetivo levar o País a taxas mais robustas de crescimento. No lado do controle dos gastos, além dos dois pontos acima citados, serão atacadas outras duas frentes, antecipou ontem o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo. São elas a aplicação de um redutor para as despesas correntes como proporção do PIB (possivelmente o 0,1% ou 0,2% que chegaram a ser debatidos na LDO), que tanto Mantega como Bernardo garantiram será feita com base em "regras rígidas". E um choque de gestão no setor público, cujos resultados potenciais ainda são difíceis de mensurar.

Matéria completa: http://pillolenotizie.blogspot.com/2006/12/semana-decisiva.html)