Visionário
"A primeira coisa a fazer-se no Brasil é abandonarmos a chupeta das utopias em favor da bigorna do realismo. É tempo de balanço e autocrítica. E, sobretudo, de ginástica institucional, a fim de nos prepararmos para a quarta onda de crescimento do pós-guerra, que provavelmente advirá na primeira década do milênio, apoiada em três revoluções tecnológicas:
- A revolução da Internet, que eliminará vários constrangimentos de tempo e espaço;
- A revolução da engenharia genética, que depois do facasso da engenharia social em reformar o homem moral, pode ter sucesso na reformatação do homem físico;
- A revolução da nano-tecnologia que, pela miniaturização, substituirá nos produtos, cada vez mais o insumo físico pelo insumo cognitivo.
Para a minha geração, confiante em que o Brasil chegaria ao ano 2000 não como país emergente e sim como grande potência, forte e justa, este fim de século é melancólico. Estamos ainda longe demais da riqueza atingível, e perto demais da pobreza corrigível. Minha geração falhou."
Palavras do economista Roberto Campos, em sua posse na Academia Brasileira de Letras, em 1999. Assustadoramente atuais.

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