Mudando o tom
Os resultados do setor público em 2006 consolidam a percepção de mudança na orientação da política fiscal do governo Lula. Dentro dessa nova orientação, o governo busca cumprir cada vez mais à risca a meta de superávit primário necessária para a queda da relação dívida/PIB, enquanto utiliza a folga fiscal gerada pela redução dos gastos com juros em mais gastos correntes.
Foi o que aconteceu em dezembro do ano passado. Depois de um forte resultado nas contas de novembro, que resultou em um superávit primário equivalente a 4,41% do PIB nos últimos 12 meses acumulados até aquele mês, o governo abriu o cofre no último mês do ano, como resultado, o primário encerrou o ano em 4,32% do PIB. E, apesar da redução dos gastos com juros (de 8,11% do PIB em 2005 para 7,66% em 2006), o déficit nominal do setor público cresceu de 3,28% do PIB para 3,35% do PIB.
"Houve um esforço muito grande neste final de ano para que o primário não ficasse muito acima da meta de 4,25% do PIB. Todos os gastos discricionários que poderiam ter sido acelerados foram acelerados, tanto que o resultado em dezembro foi pior do que qualquer expectativa do mercado, a despeito de o mês não contar com o impacto dos reajustes do INSS", comenta o economista Fabio Akira, do JP Morgan. "Isso dá bem o tom de como será a política fiscal nesse segundo mandato. Não é uma flexibilização, mas uma clara mudança de tom", completa.
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